Um crime que chocou a região de Uruaçu, no norte de Goiás, há quase dois anos é o caso da professora Elenice Pereira Salgado, brutalmente assassinada, em julho de 2022 por José Edilson, ex-companheiro dela.
A mulher de origem humilde, foi gari e trabalhou no comércio até conseguir se formar em pedagogia. Ela dava aulas para alunos do ensino fundamental de uma escola pública da cidade.
O réu foi a júri popular em uma sessão iniciada por volta de 09:30 da manhã da última terça-feira (09/04) e terminou no início da noite do mesmo dia. O corpo de jurados foi formado por seis mulheres e um homem. A acusação ficou a cargo do promotor de justiça, Afonso Gonçalves Filho.
Familiares e amigos da professora falaram sobre o relacionamento dela com José Edilson que veio do estado da Paraíba para morar em Uruaçu. Emocionada, Claudiane de Kássia, filha da vítima, contou que a mãe era uma pessoa de bom coração e muito batalhadora. A jovem também disse que desde o início foi contra o namoro dos dois, porque não confiava em José.
Ao ser interrogado, o réu tentou transferir culpa à vítima, negando o fato de que ele perseguia Elenice, por não aceitar o fim do relacionamento. Também deu a entender que a ex-companheira estaria lhe traindo. Ao ser morta, Elenice Pereira Salgado recebeu 20 facadas e teve o crânio golpeado com uma barra de ferro.
Após o longo processo judicial, o réu foi submetido a julgamento popular e condenado a 15 anos de prisão por feminicídio, crime triplamente qualificado.
A acusação e defesa afirmaram que vão recorrer da decisão da sentença. Os quatro advogados do criminoso querem a redução da pena imposta, já o promotor de Justiça quer que o assassino tenha a pena elevada para aproximadamente 20 anos.